quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Saudade de gente grande e vontades de gente pequena


Em uma conversa de fim de um dia de muitas responsabilidades e longe dos pais,eu e as meninas com quem moro, geralmente, "filosofamos" olhando para o teto que não é aquele em que crescemos, mas o que amadurecemos longe da família, e nos perguntamos: como é ruim sentir o peso da responsabilidade e ver que nossos pais não vão resolver mais os nossos problemas, não é? Mas queríamos isso, pois achávamos bom? E hoje, como pode ser ruim?

E aí passa um filme na cabeça de como o tempo passou rápido, mas quando crianças esse tempo demorava demais, loucas por independência. E hoje, essa liberdade nos faz sentir falta das exigências, do aconchego e do clima de casa. Convivendo com pessoas diferentes percebo o quanto a valorização da família é a mesma e cresce a cada tempo.Um feriado não é mais para curtir com os amigos, mas sim com a família, voltando a dormir na cama que era sua, matando a saudade da comida que enjoava quando pequeno e a carência do tratamento dos pais com um simples abraço, um beijo, uma conversa.

A saudade e as lembranças engrandecem quando passamos o dia do aniversário separados e aquela comemoração que seria a mesma de sempre, agora é longe. Apenas um telefonema não consegue substituir os eternos momentos que passamos juntos os abraços, o mistérios dos presentes ao serem rasgados e as crises de riso. Não teremos o mesmo tempo, a mesma graça ou uma oportunidade de ter muitos tempo com todos unidos. As responsabilidades dos estudos e do trabalho nos limitam e em uma chance única e rápida teremos os mesmos sorrisos e alegrias. Uma pena que o tempo não é tanto, mas vale ouro.

E o "talvez eu possa ir ao Natal..ao Ano Novo...ao Carnaval.." nos mata por dentro. Mas quem sabe? Esses momentos, tenho certeza, serão os mais curtos juntos, mas os mais inesquecíveis perto de pessoas inigualáveis e únicas.